PrimeLife (Ano IX)

Viva Bem, Viva Mais, Viva com Estilo

Um elogio aos idiotas

aprendendo dominar a menteNa vida acelerada do mundo de hoje, todos desejam ser espertos, vivos e astuciosos.

Ninguém quer ficar para trás – quando você está indo, os outros já estão voltando. Ninguém mais diz frases com segundas intenções: dizem coisas com terceiras, quartas e quintas intenções. Frases que, com sorte, um leigo no assunto precisa de várias horas para decifrar e talvez dois ou três dias para imaginar uma resposta à altura.

Em compensação, alguém que diz diretamente aquilo que pensa acaba provocando escândalo e mal-estar. É imediatamente catalogado como perigoso e tratado como idiota. A sinceridade parece contrariar as normas da convivência e da boa educação modernas. Assim, as pessoas bem educadas são amáveis, mas nem sempre se deve acreditar no que dizem.

A idiotice é um tema vasto, com muitos aspectos diferentes, e está inscrita com destaque na cultura brasileira.  Um exemplo  disso são as tradicionais piadas de português.  Elas são uma projeção da brasilidade. No fundo, os portugueses idiotas das piadas somos nós. Os episódios que envolvem Manuel, Joaquim e Maria são todos parte da alma do nosso país –  tanto é assim que só são conhecidos no Brasil. Em Portugal, ao contrário, circulam piadas de brasileiros.

É certo que, quando examinamos a questão da inteligência e da idiotice, surgem algumas perguntas indiscretas. O que é inteligência? O que é burrice?  Quantos tipos há de idiotas?

Podemos dizer que inteligência é a capacidade de perceber o real.  Como há realidades muito diferentes no mundo, não existe um tipo único de inteligência. Cada situação da vida requer um tipo específico de percepção, e por isso as inteligências são múltiplas.   A idiotice e a burrice podem ser definidas como a incapacidade de perceber o real, e são tão variadas quanto as inteligências. Há, portanto, muitos tipos de idiotas. Alguns deles, inclusive, são espertalhões. Sim, há muitos idiotas que passam por inteligentes, e também grande número de  pessoas inteligentes que passam por idiotas.

Além disso, quem é inteligente em uma área da vida pode ser burro em outras. Você é esperto em política e burro na hora de jogar futebol. Sua namorada pode ser menos intelectual que você, na hora de discutir filosofia, mas há aspectos da vida em que ela coloca você no chinelo. Há coisas que seus filhos  fazem bem melhor que você, como, talvez, compreender as sutilezas de um videogame ou computador. Felizmente, ter sabedoria não é saber tudo. Ter sabedoria é saber o mais importante – e administrar bem os seus talentos.

Dos inúmeros tipos de idiotas, um dos mais interessantes foi examinado por François Rabelais, o escritor francês do século 16. Ele abordou a imbecilidade doutoral específica dos “eruditos” que usam palavras complicadas para não dizer coisa alguma. Um deles – conta Rabelais –  fez certo dia uma longa pesquisa para saber “se uma entidade imaginária, zumbindo no vácuo, é capaz de devorar segundas intenções.”  Outro queria saber  “se uma idéia platônica, dirigindo-se para a direita sob o orifício do Caos, poderia afastar os átomos de Demócrito”. Um terceiro investigava “se a frigidez hibernal dos antípodas, passando numa linha ortogonal através da homogênea solidez do centro, podia, por uma delicada antiperístase, aquecer a convexidade dos nossos calcanhares”. Rabelais qualifica tais idiotas eruditos  como professores cegos de discípulos cegos, “que tateiam em um quarto escuro à procura de um gato preto que não está lá”. Tais indivíduos eram precursores de Rolando Lero, o grande erudito que iluminou a televisão brasileira nos anos 1990.  Não é de todo impossível  encontrar esse tipo de pesquisador fazendo teses de pós-doutorado em certas universidades.

Conheço seres humanos que têm tanto medo de parecer burros que aplaudem  – ou pelo menos fingem que compreendem –  esse tipo de raciocínio longo, difícil, sem significado algum. Mas tal constrangimento é desnecessário: deixando de lado o medo de parecer idiotas, perderemos menos tempo fingindo e  seremos mais felizes.

 

04/03/2016 Posted by | Cultura | Deixe um comentário

Saiba porque a flor de lótus é um dos símbolos mais antigos e profundos do nosso planeta

A flor de Lótus é uma espécie de flor aquática, com muitos significados para os países do Oriente, especialmente o Japão, o Egito e a Índia. Ela é considerada sagrada e um dos símbolos mais antigos e mais profundos do nosso planeta. Nos ensinamentos do budismo e hinduísmo, a flor de lótus simboliza o nascimento divino, o crescimento espiritual e a pureza do coração e da mente.

O significado da flor de lótus começa em suas raízes – literalmente! A flor de lótus é um tipo de lírio d’água, cujas raízes estão fundamentadas em meio à lama e ao lodo de lagoas e lagos. O lótus vai subindo à superfície para florescer com notável beleza. O simbolismo está especialmente nesta capacidade de enfrentar a escuridão e florescer tão limpa, tão bonita e tão especial para tantas pessoas.

À noite as pétalas da flor se fecham e a flor mergulha debaixo d’água. Antes de amanhecer, ela levanta-se das profundezas novamente, até ressurgir novamente à superfície, onde abre suas pétalas novamente. Por causa desse ritualismo, os egípcios antigos associavam a flor de lótus com o deus do sol Ra, porque a flor se fecha durante a noite e se abre todas as manhãs com o ressurgimento do sol.

É também a única planta que regula o seu calor interno, mantendo-o por volta dos 35º, isto é, a mesma temperatura do corpo humano. Outra característica peculiar são suas sementes, que podem ficar mais de 5 mil anos sem água, somente esperando a condição ideal de umidade para germinar.

Flor de lótus capa

Lenda da flor de Lótus no budismo

Na lenda do Budismo relata-se que quando o Siddhartha, que mais tarde se tornaria Buda, deu os seus primeiros sete passos na terra, sete flores de lótus brotaram. Assim, cada passo dele representa um degrau no crescimento espiritual.
Os Budas em meditação são representados sentados sobre flores de lótus, e a expansão da visão espiritual na meditação (dhyana) está simbolizada pela abertura das pétalas das flores de lótus, que podem estar totalmente fechadas, semiabertas ou completamente abertas, dependendo do estágio da expansão espiritual.

flor de lótus capa 2

Lendas egípcias da flor de lótus

A flor de Lótus é uma planta sagrada no Egito Antigo, onde é retratada no interior das pirâmides e nos antigos palácios do Egito. Segundo uma lenda, a flor está relacionada à criação do mundo e o umbigo do Deus Vishnu, onde teria nascido uma brilhante flor de lótus e desta teria surgido outra divindade, o Brahma, o criador do cosmo e dos homens. Outra lenda egípcia diz que o deus do sol Horus, nasceu também de uma flor de Lótus.

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Lenda da flor de lótus no hinduísmo

Na Índia, uma pequena lenda conta a historia de sua criação: Um dia, reuniram-se para uma conversa, à beira de um lago tranquilo cercado por belas árvores e coloridas flores, quatro lendários irmãos. Eram eles o Fogo, a Terra, a Água e o Ar.
Como eram raras as oportunidades de estarem todos juntos, comentavam como haviam se tornado presos a seus ofícios, com pouco tempo livre para encontros familiares. Mas a Água lembrou aos irmãos que estavam cumprindo a lei divina, e este era um trabalho que deveria lhes trazer o maior dos prazeres.
Assim, aproveitaram o momento para confraternizar e contar, uns aos outros, o que haviam construído – e destruído – durante o tempo em que não se viam. Estavam todos muito contentes por servirem à criação e poderem dar sua contribuição à vida, trabalhando em belas e úteis formas.
Então se lembraram de como o homem estava sendo ingrato. Construído ele próprio pelo esforço destes irmãos, não dava o devido valor à vida. Os irmãos chegaram a pensar em castigar o homem severamente, deixando de ajudá-lo. Mas, por fim, preferiram pensar em coisas boas e alegres.
Antes de se despedir, decidiram deixar uma recordação ao planeta deste encontro. Queriam criar algo que trouxesse em sua essência a contribuição de cada um dos elementos, combinados com harmonia e beleza. Sentados à beira do lago, vendo suas próprias imagens refletidas, cada um deu sua sugestão e muitas ideias foram trocadas. Até que um deles sugeriu que usassem o próprio lago como origem.

Que tal um ser vivo que surgisse da água e se crescesse em direção ao céu? Uma vegetal, talvez? Decidiram-se, então, por uma planta que tivesse suas raízes rente à terra, crescesse pela água e chegasse à plenitude do ar. Ofereceram, cada um, o seu próprio dom. A Terra disse: “darei o melhor de mim para alimentar suas raízes”.
A Água foi a próxima: “Fornecerei a linfa que corre em meus seios, para trazer-lhe força para o crescimento de sua haste”. “E eu lhe cercarei com minhas melhores brisas, dando-lhe minha energia e atraindo sua flor”, disse o Ar. Então o Fogo, para finalizar o projeto, escolheu o que de melhor tinha a oferecer: “ofereço o meu calor, através do sol, trazendo-lhe a beleza das cores e o impulso do desabrochar”.
Juntos, puseram-se a trabalhar, detalhe a detalhe, na sua criação conjunta. Quando finalizaram sua obra, puderam se despedir em alegria, deixando sobre o lago a beleza da flor que se abria para o sol nascente. Assim, em vez de punir o ser humano, os quatro irmãos deixaram-lhe uma lembrança da pureza da criação e da perfeição que o homem pode um dia alcançar.

15/04/2015 Posted by | Arte, Cultura, Entretenimento | Deixe um comentário

Capela Sistina

capelasistinaO século XVI chamado pelos italianos Il Cinquecento constitui o mais famoso período da arte italiana – a Renascença – sobretudo por ser o período em que viveram os maiores gênios da História da Arte: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael, Ticiano, entre outros. Esse período, também chamado de Alta Renascença, trouxe orgulho nas cidades que viam seus artistas embelezando-as com suas obras. Para os artistas, erigir magníficos edifícios, túmulos ou dedicar-se à pintura e aos afrescos de uma famosa igreja, os perpetuariam através de suas obras

A história da Capela Sistina começou quando Francesco Della Rovere tornou-se o Papa Sisto IV e ordenou a reforma da antiga Capela Magna, que ocorreu entre 1477 e 1480.

A Capela foi desenvolvida para servir de local para determinadas cerimônias e atos litúrgicos específicos. Isso explica seus anexos simples e oblongos. No entanto, por mais simples que possa parecer o recinto, suas proporções produzem um efeito especial dos mais peculiares. Sua vista externa, um imenso bloco que lembra um bastião é simplesmente grandiosa e a impressão é causada tanto pelas proporções quanto pela magnífica obra. Iniciada em 1473, a edificação foi concluída em 1481, quando os artistas já estavam trabalhando nos afrescos que a tornaram uma das maiores obras artísticas da humanidade.

O autor do projeto arquitetônico foi o florentino Baccio Pontelli. Um dos responsáveis pela reformulação e revitalização urbanística que o Papa Cisto IV efetuava em Roma, tendo realizado dezenas de obras públicas. O projeto teve a supervisão de Giovannino de Dolci. Suas dimensões foram inspiradas nas do Templo do Rei Salomão, em Jerusalém. Sua forma é retangular, medindo 40,93 metros de longitude, 13,41 metros de largura e 20,70 metros de altura.

Uma finíssima transenna de mármore, em que trabalhavam Nino de Fiesole, Giovanni Dalmata e Andréa Bregno, divide a Capela em duas partes desiguais. Internamente, as paredes, divididas por cornijas horizontais, apresentam três níveis:

– O primeiro nível, junto ao chão em mármore, que em alguns setores apresentam o característico marchetado Cosmatesco, ou seja, simula refinadas tapeçarias. No lado direito, próximo à transenna, está o coro;

– O intermediário é onde figuram os afrescos narrando os episódios da vida de Cristo e a de Moisés. A cronologia inicia-se a partir do altar, onde se encontram, antes da feitura do “Juízo Final” de Michelangelo, as primeiras cenas e um retábulo de Perugino representando A Virgem da Assunção, a quem foi dedicada a Capela.

– O nível mais alto estão as pilastras que sustentam os pendentes do teto. Acima da cornija, estão situados os lunettes, entre as quais foram alocadas as imagens dos primeiros Papas.

Os Afrescos

A importância da construção da Capela Sistina se deu também como parte da política que Sisto IV empreendeu para restabelecimento do prestígio e fortalecimento do papado. Assim ele convocou à Roma os maiores artistas da Itália. Florença era o centro de excelência até então. De lá e da Úmbria vieram os maiores nomes e esse fato deslocou para Roma a capitalidade cultural.

Vários nomes emprestaram seus dons: Perugino, Botticelli, Ghirlandaio, Roselli, Signorelli, Pinturicchio, Piero di Cosimo, Bartolomeo Della Gatia e Rafael.

Alguns anos depois, um dos maiores gênios artísticos de todos os tempos: Michelangelo Buonarroti.

Os afrescos foram inspirados em cenas do Velho e do Novo Testamento, decoram as paredes laterais assim como o teto.

Na parede esquerda, a partir do altar, estão as cenas do Velho Testamento:

– De Pinturicchio: “Moisés a caminho do Egito e a circuncisão de seus filhos”

– De Sandro Botticelli: “Cenas da vida de Moisés”

– De Cosimo Rosselli: “Passagem do Mar Vermelho”

– De Cosimo Rosselli: “Moisés no Monte Sinai e A Adoração do Bezerro de Ouro”

– De Sandro Botticelli: “A punição de Korah, Nathan e Abiram”

– De Lucas Signorelli: “A Morte de Moisés”

Na parte direita, também a partir do altar, as cenas do Novo Testamento:

– De Pinturicchio: “O Batismo de Jesus”

– De Botticelli: “A Tentação de Cristo e a Purificação do Leproso”

– De Ghirlandaio: “Vocação dos Apóstolos”

– De Rosselli: “Sermão da Montanha”

– De Perugino: “A Entrega das chaves a São Pedro”

– De Rosselli: “A Última Ceia”

Entre as janelas, seis de cada lado, figuram vinte e quatro retratos de papas, pintados por Botticelli, Ghirlandaio e Fra Diamante. Na abóbada estão os famosos afrescos de Michelangelo pintados entre 1508 e 1512. O mesmo artista realizaria entre 1535 e 1541, na parede do altar, o “Juízo Final”.

A pintura da abóbada da Capela Sistina foi encomendada pelo Papa Julio II, sobrinho de Sisto IV a Michelangelo. Este trabalho durou quatro anos.

Nessa obra, podemos ver a grandiosidade do artista e a qualidade de seu trabalho sem suas figuras, na perfeição dos escorços, na rotundidade dos contornos, tudo feito com graça, esbeltez e a boa proporção que se vê nos belos nus.

Para demonstrar a perfeição da arte e a grandeza de D’us, Michelangelo representou a divisão entre a luz e as trevas em cenas nas quais se vê sua Majestade: com os braços abertos sustenta-se por si só, mostrando amor e poder criador. Na segunda, com a mesma maestria representou D’us criando o Sol e a Lua. Em outra, D’us separa a água da terra. Em “A Criação de Adão”, Michelangelo representa D’us sustentado por um grupo de anjos nus estendendo a mão direita à Adão, uma figura com tamanha beleza, atitude e contornos que não parecem criados por um homem. Pouco abaixo desta cena, “A Criação de Eva”, na qual da costela de Adão é extraída Eva. A seguir, Adão e Eva são expulsos do Paraíso – O Pecado Original e A Expulsão do Paraíso. Não é de menor beleza, a cena do Sacrifício de Noé, assim como o Dilúvio Universal.

A parede do altar foi destinada a conservar a maior pintura na qual Michelangelo dedicou: “Juízo Final”, de 1537 a 1541. O afresco ocupa inteiramente a parede atrás do altar. Para a sua execução, duas janelas foram fechadas e algumas pinturas da época de Sisto IV, apagadas – os primeiros retratos de papas; a primeira cena da vida de Cristo, a primeira vida de Moisés, uma imagem da Virgem da Assunção, de Perugino e os afrescos das duas lunettes, onde o próprio Michelangelo havia pintado os ancestrais de Cristo.

O restauro

Algumas obras de restauros foram empreendidas no teto da Capela Sistina, com o intuito de recuperar o brilho original da época de Michelangelo.

Desde 1960, já se trabalhava nos afrescos mais antigos. O projeto mais audacioso, a cargo do restaurador Gianluigi Colalucci, iniciou-se em 1979 com a limpeza da parede do altar: o “Juízo Final”, de Michelangelo. Durante este período, a Capela esteve fechada ao público, voltando a ser aberta em 8 de abril de 1994.

A Capela Sistina está situada no Palácio Apostólico, residência oficial do Papa na Cidade do Vaticano.

Visite pelo site abaixo a Capela Sistina em 360º.

http://www.vatican.va/various/cappelle/sistina_vr/index.html

23/11/2013 Posted by | Arte, Cultura | Deixe um comentário

Rijksmuseum, Amsterdam

amsterdamApós dez anos de remodelação, restauração e renovação, o Rijksmuseum em Amsterdam, abriu suas portas em 13 de abril de 2013. O museu passou por uma transformação tanto do prédio como na apresentação de sua coleção

Em oitenta salas, a famosa coleção do Rijksmuseum com cerca de 8000 peças, conta a história de 800 anos de arte e da história holandesa. A obra prima de Rembrandt, “A Ronda Noturna”, é a única pintura que retorna à sua posição original.

Sobre o Museu

Em 1795, com a proclamação da República Batava, o Ministro das Finanças, Jan Alexander Gogel, sugeriu que a Holanda deveria ter um museu nacional seguindo o exemplo do Museu do Louvre, em Paris. O governo resolveu fundar seu Museu em 19 de novembro de 1798.As coleções formadas pelos administradores do país foram levadas para oito salas da Ala Oeste do Palácio de Huis ten Bosch. Cerca de duzentas pinturas, compostas de arte italiana, retratos da família real e patriotas, foram organizadas e as portas foram abertas ao público.

Em 1806, o Rei Louis Napoleon, irmão de Napoleon Bonaparte, nomeou-o Museu Real e em 1808, o Museu se transferiu para Amsterdam. Nesse mesmo ano, a mais famosa obra do Museu, “A Ronda Noturna”, de Rembrandt tornou-se parte da coleção.

A construção do prédio onde atualmente se localiza o Rijksmuseu teve início em primeiro de outubro de 1876. A autoria do projeto é do arquiteto holandês, Pierre Cuypers. A construção tem uma combinação dos estilos, Gótico e Renascentista, e é ricamente decorada com esculturas, azulejos (mosaicos) e pinturas com referências a história da arte holandesa.

O Museu abriu suas portas em 13 de julho de 1885 e sofreu algumas reformas em 1906,1960,1984,1995,1996 e 2000. Em dezembro de 2003, o prédio principal foi fechado para uma grande reforma.

A Reforma

Na remodelação do projeto de restauração do museu, que ficou a cargo dos arquitetos espanhóis Antonio Cruz e Antonio Ortiz e do arquiteto francês Wilmotte, foi decidido junto à direção que a renovação estaria mais aproximada do projeto de Cuypers, eliminando galerias e outras alterações feitas na década de 1920.

Na renovação, as fachadas e o interior iriam integrar as pinturas dos murais de inspiração renascentistas e neo-góticas do século XIX. Foi feita uma pesquisa nos acervos pessoais de Cuypers sobre os desenhos originais das paredes dos mosaicos e dos alto-relevos das colunatas de ferro que sustentavam os andares da biblioteca, conseguindo reconstruir a arte contida nessas paredes e chãos. Nesse restauro é possível ver as Trinta e Seis Cenas- representações simbólicas das Virtudes e dos vários ramos da arte assim como episódios de heróis da história da Holanda. Ficaram à cargo de Sturm, os trinta medalhões com retratos de pintores, poetas e compositores.

Além das grandes composições, os padrões detalhados que cobrem os tetos em abóbodas, tanto no Hall de Entrada, como na Biblioteca e a Galeria de Honra, são formadas por milhares de flores e folhas formando complexos rendilhados.

A Biblioteca, aberta pela primeira vez ao público, foi restaurada por oitenta técnicos, dos quais setenta são estudantes e estagiários. Os quarenta mil volumes, em sua maioria dedicados à história da arte e da Holanda, foram distribuídos em três andares.

A Coleção

A coleção mundialmente famosa do Rijksmuseum é apresentada sugerindo uma viagem através do tempo. Ela é composta de um milhão de objetos dedicados à artes, artesanato e história entre os anos de 1200 a 2000.

As obras expostas contêm pinturas da “Idade de Ouro” da Holanda e também uma coleção asiática, no Pavilhão Asiático. A obra de maior destaque é “A Ronda Noturna”, de Rembrandt von Rijn, retratando a Corporação de Arcabuzeiros de Amsterdam. Destacam-se também as obras de Frans Hals, Piero di Cosimo, Jan Steen, Tintoretto, Van der Helst,Van Dijck, Johannes Vermeer, Paolo C.Veronese, entre vários outros.

http://www.rijksmuseum.nl

14/11/2013 Posted by | Arte, Cultura | Deixe um comentário

XVI Bienal do Livro do Rio de Janeiro

bienal do livroEsse ano os cariocas amantes de livros voltam a ocupar o RioCentro, é que acontece do dia 29 de agosto ao dia 8 de setembro a XVI Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Em 2013 a Bienal completa 30 anos.

Serão 55 mil m² no RioCentro, ocupando 3 pavilhões. São esperados 600 mil visitantes nesta Bienal do Livro do Rio que vai homenagear a Alemanha, promovendo o intercâmbio cultural entre os dois países, e haja filósofos como Marx, Kant e Nietzsche.

A Alemanha também homenageia o Brasil este ano, na Feira do Livro de Frankfurt.

Entre os nomes internacionais confirmados está, entre outros, o de Allan Percy, de Nietzsche para estressados; James C. Hunter, do O monge e o executivo; Javier Moro, de O sári vermelho; Cheryl Strayed, de Livre; além do famoso Nicholas Sparks, conhecido por vários livros que se tornam filmes como “Diário de Uma Paixão”.

Site: http://www.bienaldolivro.com.br/

Serviço

XVI Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro
29 de Agosto a 08 de Setembro de 2013

Horário

Dia 29 de Agosto: das 12h às 22h
Dias de semana: das 9h às 22h
Fins de semana: das 10h às 22h

Local do Evento

Riocentro
Av. Salvador Allende, 6555 – Barra da Tijuca
22780-160 – Rio de Janeiro – RJ

25/08/2013 Posted by | Cultura, Livros | Deixe um comentário

Segredos do Impressionismo

ImpressionistasHá exatos 139 anos, em 1874, acontecia na França a exposição de um pequeno grupo de artistas independentes sob o nome “Sociedade Anônima dos Artistas, Pintores, Escultores e Gravuristas”, que mudaria para a sempre a arte.

Foi no ateliê do fotógrafo Félix Nadar que as mais de cento e sessenta obras de Monet, Renoir, Pissarro, Sisley, Cézanne, Berthe Morisot e Edgar Degas foram expostas pela primeira vez fora do Salão dos Rejeitados, marcando a data que até hoje é considerada por muitos o marco zero do Impressionismo, uma nova forma de pensar a pintura que revolucionou os salões e galerias.

Na imagem, “Un atelier aux Batignolles”, pintura de Henri Fantin-Latour em homenagem a Édouard Manet, que aparece sentado, pintando Zacharie Astruc, poeta, pintor, escultor e crítico que deu grande suporte ao grupo dos jovens Impressionistas. Em pé, atrás de Manet, o pintor alemão Otto Schölderer. Ao seu lado direito está Auguste Renoir, de chapéu, seguido do escritor Emile Zola e Edmond Maître, também grandes apoiadores dos Impressionistas. De perfil, o pintor Frédéric Bazille e, por fim, quase escondido no canto direito, Claude Monet, o próprio.

Secrets of Impressionism

Exactly 139 years, in 1874, happened in France the exposure of a small group of independent artists under the name “Anonymous Society of Artists, Painters, Sculptors and engravers” that would change for ever the art.

It was in the studio of the photographer Nadar Felix that over one hundred and sixty works by Monet, Renoir, Pissarro, Sisley, Cézanne, Edgar Degas and Berthe Morisot were exposed for the first time outside the Hall of tailings, marking the date which is still considered ground zero for many of Impressionism, a new way of thinking about painting that revolutionized the halls and galleries.

In the picture, “Un atelier aux Batignolles,” painting by Henri Fantin-Latour in honor of Édouard Manet, who appears seated, painting Zacharie Astruc, poet, painter, sculptor and critic who gave great support to the group of young Impressionists. Standing behind Manet, the German painter Otto Schölderer. On your right is Auguste Renoir, hat, followed by the writer Emile Zola and Edmond Maître also great supporters of the Impressionists. In profile, the painter Frédéric Bazille, and finally, almost hidden in the right corner, Claude Monet, himself.

15/04/2013 Posted by | Cultura, Lembranças do Dia | Deixe um comentário

Museu de arte do Rio (MAR)

No dia 10/09 abre suas portas em obra orçada em R$ 76,6 milhões que uniu dois prédios vizinhos de estilos arquitetônicos diferentes sob uma gigantesca cobertura de cimento ondulado, uma estrutura cinzenta que mais parece um tapete voador.

Vale a pena colocar na agenda.

Rio´s Art Museum

On 10/09 opens its doors in budgeted at r $ 76.6 million work that brought two neighboring buildings of different architectural styles under a giant corrugated cement coverage, a grey structure that looks more like a flying carpet. Worth putting on the agenda.

07/07/2012 Posted by | Cultura | Deixe um comentário

Antoni Gaudí

Nesta data, em 1852, nasceu em Riudoms (Espanha), Antoni Placid Gaudí i Cornet.

Antoni Gaudí foi um arquiteto catalão, um dos símbolos da cidade de Barcelona, onde se educou e passou grande parte da vida. Aparece como um arquiteto de novas concepções plásticas ligado ao modernismo catalão (a variante local da art nouveau).

Seus primeiros trabalhos possuem claras influências da arquitetura gótica (refletindo o revivalismo do século XIX) e da arquitetura catalã tradicional. Nos primeiros anos de sua carreira, Gaudí foi fortemente influenciado pelo arquiteto francês Eugene Viollet-le-Duc, responsável em seu país por promover o retorno às formas góticas da arquitetura.

Com o tempo, entretanto, passou a adotar uma linguagem escultórica bastante pessoal, projetando edifícios com formas fantásticas e estruturas complexas. Algumas de suas obras-primas, mais notavelmente o Templo Expiatório da Sagrada Família possuem um poder quase alucinatório.

Gaudí é conhecido por fazer extenso uso do arco parabólico catenário, uma das formas mais comuns na natureza. Para tanto, possuía um método de trabalho incomum para a época, utilizando-se de modelos tridimensionais em escala moldados pela gravidade (Gaudí usava correntes metálicas presas pelas extremidades: quando elas ficavam estáveis, ele copiava a forma e reproduzia-as ao contrário, formando suas conhecidas cúpulas catenárias). Também se utilizou da técnica catalã tradicional do trencadis, que consiste de usar peças cerâmicas quebradas para compor superfícies.

Ridicularizado por seus contemporâneos, Gaudí encontrou no empresário Eusebi Güell o parceiro e cliente ideal, tendo sido praticamente seu mecenas.

Politicamente, Gaudí foi um fervoroso nacionalista catalão (ele foi certa vez preso por falar em catalão em uma situação considerada ilegal pelas autoridades). Em seus últimos anos, devotou-se exclusivamente à religião católica e a construção da Sagrada Família.

Antoni Gaudí trabalhou essencialmente em Barcelona, a sua terra natal, onde havia estudado arquitetura. Originário de uma família não muito abastada, Gaudí tendeu para a procura do luxo durante a juventude; no entanto na idade adulta e no final da vida essa sua tendência diluiu-se por completo. Quando jovem aderiu ao Movimento Nacionalista da Catalunha e assumiu algumas posições críticas face à igreja; no final da sua vida essa faceta desapareceu também. Gaudí nunca se casou.

Em Barcelona a sua arquitetura assume foros de excepção, num ambiente essencialmente funcionalista de uma cidade de desenvolvimento industrial. Gaudí deixou-se influenciar por inúmeras tendências, não tendo nunca dedicado a sua arquitetura à tentativa de cópia de um estilo determinado. Uma das mais fortes influências que recebeu foi a de Viollet-le-Duc através do qual conheceu parte do seu gótico inspirador. Morreu aos 72 anos, vítima de atropelamento. Encontra-se sepultado no Templo Expiatório da Sagrada Família, Barcelona, na Espanha.

Estilo

Uma primeira fase que se pode identificar na arquitectura de Gaudí poderá ser chamada de “mourisca” uma vez que o arquitecto buscou inspiração naquele tipo de construções: as formas, as cores, os materiais, tudo aponta na mesma direcção.

Outra fase importante da obra de Gaudí foi aquela que decorreu sob o mecenato de Güell. Este rico habitante de Barcelona era o retrato do industrial bem sucedido. A sua casa estava aberta aos artistas e Gaudí foi também acolhido e aí contactou com a chamada “Arte Nova”, que viria a usar mais tarde. As encomendas de Güell a Gaudí montam a cinco obras de arquitetura.

Uma outra fase identificável na obra de Gaudí é o que se pode classificar de período “gótico”. Gaudí utilizará os princípios deste estilo, bem como algumas das suas formas mais típicas; no entanto o gótico em Gaudí manifestar-se-á também em inovações ousadas, como são, por exemplo, os seus arcos parabólicos.

Já arquiteto de créditos firmados, Gaudí buscou um estilo próprio e se quisermos citar exemplos desse estilo as casas Batló e Milá serão certamente as que nos acudirão ao espírito. De tal forma ousadas eram essas construções que o público de Barcelona, apesar da estima e do prestígio de Gaudí, não deixou de as alcunhar e de as considerar quase aberrantes. A obra de Gaudí por excelência foi, no entanto, o templo expiatório da Sagrada Família, obra a que dedicou uma parte importante da sua vida e em que trabalhou aturadamente nos seus últimos 12 anos de existência. Está em curso um movimento em prol da beatificação de Gaudí pela Igreja Católica, promovido desde 1992 por uma associação secular.

Beatificação

No Vaticano está em andamento o processo de beatificação de Gaudí, depois do encerramento da fase diocesana em 2003, todos os documentos da positio com a sua biografia passaram por Roma para serem submetidos à Congregação para as Causas dos Santos. Para o Arcebispo de Barcelona e Presidente da Comissão do Padroado da Sagrada Família, Cardeal Martínez Sistach, “Gaudí era um grande cristão. Tinha uma espiritualidade franciscana, de amor e contemplação das belezas da natureza, imagens da beleza do Criador.”

Sagrada Família (Barcelona) “http://www.youtube.com/embed/Bpc0NIGwuVo

Haroldo Wittitz: Editor and Publisher

Antonio Gaudí

On this date in 1852, in Riudoms (Spain), Antoni Gaudí i Cornet Placid.

Antoni Gaudi was a Catalan architect, a symbol of the city of Barcelona, where he was educated and spent much of his life. Appears as an architect of new concepts related to plastic Catalan modernism (a local variant of Art Nouveau).His early works are clear influences of Gothic architecture (reflecting the revival of the nineteenth century) and traditional Catalan architecture. In the early years of his career, Gaudí was strongly influenced by French architect Eugene Viollet-le-Duc, in your country responsible for promoting the return to Gothic forms of architecture. Over time, however, began to adopt a highly personal sculptural language, designing buildings with fantastic shapes and complex structures. Some of his masterpieces, most notably the Atonement Temple of the Holy Family have an almost hallucinatory power. Gaudí is known to make extensive use of the parabolic arc catenário, one of the most common forms in nature. To do so, had an unusual method of working for the time, using three-dimensional scale models shaped by gravity (Gaudí used metal chains attached at the ends, when they were stable, he copied the shape and reproduced them rather as part its well-known catenary domes). Was also used in the art of traditional Catalan trencadis, which consists of using ceramic parts broken to form surfaces. Ridiculed by his contemporaries, Gaudí found in businessman Eusebi Güell ideal customer and partner, was almost his patron. Politically, Gaudí was a fervent Catalan nationalist (he was once arrested for speaking in Catalan in a situation considered illegal by the authorities). In his later years, he devoted himself exclusively to the Catholic religion and the construction of the Sagrada Familia. Antoni Gaudí worked mainly in Barcelona, his hometown, where he had studied architecture. Originating from a family not very wealthy, Gaudí tended to demand of luxury during his youth, yet in adulthood and late in life that their tendency is completely diluted. As a young man joined the Nationalist Movement in Catalonia and took some critical positions against the church, at the end of his life this side also disappeared. Gaudí never married.In Barcelona takes its architecture forums except in an environment of a city essentially functionalist industrial development. Gaudí was influenced by many trends and was always dedicated to your architecture to trying to copy a particular style. One of the strongest influences he received was that of Viollet-le-Duc by which met part of its gothic inspiring. He died at age 72, victim of trampling. It lies buried in the Temple of Atonement Sagrada Familia, Barcelona, Spain. StyleA first phase that can identify the architecture of Gaudí may be called “Moorish” since the architects drew inspiration from that kind of construction: forms, colors, materials, everything points in the same direction. Another important phase of the work of Gaudí that was held under the patronage of Güell. This rich inhabitant of Barcelona was the portrait of successful industrial. His house was open to artists and Gaudí was also accepted and then contacted with the “Art Nouveau”, which would later use. Orders for Gaudí’s Güell amount to five works of architecture. Another phase identifiable in the work of Gaudí is what you can sort of period “Gothic”. Gaudí uses the principles of this style, as well as some of its most typical forms, yet Gothic by Gaudí will manifest itself also in bold innovations, as are, for example, their parabolic arcs. Already signed credits architect, Gaudí sought their own style and we want to cite examples of this style houses Batlló and Mila will certainly be those in helping spirit. So daring were these buildings that the public Barcelona, despite the esteem and prestige of Gaudí, the nickname did not stop and consider the most aberrant. Gaudi’s work was par excellence, however, the expiatory temple of the Holy Family, a work to which he devoted a major part of his life and he worked at length in his last 12 years of existence. There is an ongoing movement for the beatification of Gaudí by the Catholic Church promoted since 1992 by a secular association. Beatification The Vatican is an ongoing process of beatification of Gaudí, after the close of the diocese in 2003, all documents with the positio of his biography went to Rome to be submitted to the Congregation for the Causes of Saints. To the Archbishop of Barcelona and President of the Commission of the Patronage of the Holy Family, Cardinal Martínez Sistach, “Gaudí was a great Christian. He was a Franciscan spirituality, love and contemplation of the beauties of nature, images of the beauty of the Creator.”

25/06/2012 Posted by | Cultura, Lembranças do Dia | Deixe um comentário

Biblioteca do Castelo de Chantilly, Chantilly, França

Essa Biblioteca é parte de uma propriedade de franceses que também inclui uma das mais importantes galerias de arte da França.

A parte principal da propriedade (Grand Chateau) foi construído em 1528-1531 com o outro edifício anexo (Petit Chateu) a ser construído em 1560.

O Grande Chateau foi destruída durante a Revolução Francesa e, posteriormente, inteiramente reconstruída 1875-1881.

A biblioteca contém mais de 1300 manuscritos e 12.500 obras impressas, incluindo a Bíblia de Gutenberg e cerca de 200 manuscritos medievais.

Haroldo Wittitz: Author, Editor and Publisher

Library of the Castle of Chantilly, Chantilly, France

This library is part of a French property that also includes one of the most important art galleries in France.

The main part of the property (Grand Chateau) was built in 1528-1531 with another building attached (Petit Chateu) to be built in 1560.

The Grand Chateau was destroyed during the French Revolution and later completely rebuilt from 1875 to 1881.

The library contains over 1300 manuscripts and 12,500 printed works, including the Gutenberg Bible and about 200 medieval manuscripts.

10/06/2012 Posted by | Contemplação, Cultura | 2 Comentários

Santa Rita de Cássia

Nesta data, em 1457 falecia Santa Rita de Cássia, nascida Rita Lotti, em Roccaporena (Itália) e falecida em Cássia (Italia).

Santa Rita de Cássia foi uma monja agostiniana da diocese de Espoleto, Itália. Foi beatificada em 1627, canonizada em 1900. Padroeira das Causas impossíveis, dos doentes e das mães

Filha única, foi mãe, viúva, religiosa e estigmatizada. Nasceu em maio do ano 1381, um ano depois da morte de Santa Catarina de Siena.

A casa natal de Santa Rita está perto de Cássia, entre as montanhas, a umas quarenta milhas de Assis, na Úmbria, região do centro da Itália que mais santos tinha dado à Igreja (São Benedito, Santa Escolástica, São Francisco, Santa Clara, Santa Ângela, São Gabriel, Santa Clara de Montefalco, São Valentim e muitos mais).

Sua vida começou em tempo de guerras, terremotos, conquistas e rebeliões. Países invadiam países, cidades atacavam as cidades vizinhas, vizinhos lutavam com os vizinhos, irmão contra irmão. Os problemas do mundo pareciam maiores que a política e os governos eram capazes de resolver. Nascida de devotos pais, Antonio Mancini e Amata Ferri, que se conheciam como os “Pacificadores de Jesus Cristo”, pois os chamavam para apaziguar brigas entre vizinhos.

Eles não necessitavam de discursos poderosos nem discussões diplomáticas, somente apelavam a Jesus. Sentiam que somente assim se podem apaziguar as almas. Apesar da idade avançada de Amata (62 anos), nem por isso deixavam de confiar em Deus e foi assim que Deus, acredita-se, atendeu às suas preces: conta a história que um anjo apareceu a ela e lhe revelou que daria à luz uma menina que seria a admiração de todos, escolhida por Deus para manifestar a todos os seus prodígios.

Seus pais, sem ter aprendido a ler ou escrever, ensinaram a Rita desde menina tudo acerca de Jesus, a Virgem Maria e os mais conhecidos santos. Rita, igual a Santa Catarina de Siena, nunca foi à escola para aprender a escrever ou a ler (A Santa Catarina foi, conforme se crê, dada a graça de ler milagrosamente por Jesus Cristo); para Santa Rita seu único livro era o crucifixo.

Ela queria ser religiosa durante toda sua vida, mas seus pais, Antônio e Amata, avançados em idade, escolheram para ela um esposo, Paolo Ferdinando, o que não foi uma decisão muito sábia. Mas Rita obedeceu. Os católicos creem que quis Deus assim dar-nos nela o exemplo de uma admirável esposa, cheia de virtude, ainda nas mais difíceis circunstâncias.

Depois do matrimônio, seu esposo demonstrou ser bebedor, mulherengo e abusador. Ela padeceu no longo período de dezoito anos que viveu com seu esposo. Muitas vezes bebeu o “cálice da amargura” até a última gota, incontáveis foram os atos de paciência e resignação que praticou, as lágrimas ardentes que derramou. Injuriada sem motivo, não tinha uma palavra de ressentimento; espancada, não se queixava e era tão obediente que nem à igreja ia sem a permissão de seu brutal marido.

A mansidão, a docilidade e a prudência da esposa, porém, suavizaram aquela rude impetuosidade, conseguindo transformar em manso cordeiro aquele leão furioso. Com que eloquência ensinava às suas vizinhas casadas o modo de manter a paz e a harmonia com seus esposos. Elas, admiradas por nunca terem visto divergências em casa de Rita, iam com frequência consolar-se com ela e expor os dissabores e ultrajes que recebiam de seus maridos.

À imitação de Santa Mônica, Rita lhes respondia: “Lembrai que, desde o momento em que recebemos nossos esposos, como maridos, aceitamo-los como nossos donos e senhores, e assim lhes devemos amor, obediência e respeito, pois isso significa ser casadas! Notai que não tem menos culpa a mulher que fala mal de seu marido do que o marido que, com incorreto proceder, dá ensejo à mulher para que fale mal”. Por isso, não permitia que em sua presença se murmurasse dos defeitos alheios. Por esse meio conseguiu desterrar de muitos o péssimo costume de falar mal dos outros.

Encontrou sua fortaleza em Jesus Cristo, em uma vida de oração, sofrimento e silêncio. Tiveram dois gêmeos, os quais herdaram o temperamento do pai. Rita se preocupou e orou por eles. Depois de vinte anos de matrimônio e oração por parte de Rita, o esposo se converteu, pediu-lhe perdão e lhe prometeu mudar sua forma de ser. Rita perdoou e ele deixou sua antiga vida de pecado. Passava o tempo com Rita nos caminhos de Deus.

Isso não durou muito, porque, enquanto seu esposo havia se reformado, não foi assim com seus antigos amigos e inimigos. Uma noite, Paolo não chegou em casa. Antes de sua conversão, isso não teria sido estranho, mas no Paolo reformado isso não era normal. Rita sabia que algo havia ocorrido. No dia seguinte, encontraram-no assassinado.

Sua pena foi aumentada quando seus dois filhos, que eram maiores, juraram vingar a morte de seu pai. As súplicas não conseguiram dissuadi-los. Foi então que Santa Rita compreendeu que mais vale salvar a alma que viver muito tempo: rogou ao Senhor que salvasse as almas de seus dois filhos e que tirasse suas vidas antes que se perdessem para a eternidade por cometer um pecado mortal. O Senhor aparentemente respondeu a suas orações: os dois padeceram de uma enfermidade fatal.

Durante o tempo de enfermidade, a mãe lhes falou docemente de amor e do perdão. Antes de morrer, conseguiram perdoar aos assassinos de seu pai. Rita esteve convencida de que eles estavam com seu pai no céu.

Ao estar sozinha, não se deixou vencer pela tristeza e pelo sofrimento. Santa Rita quis entrar no convento com as irmãs agostinianas, mas não era fácil conseguir. Não queriam uma mulher que havia estado casada. A morte violenta de seu esposo deixou uma sombra de dúvida. Ela se voltou de novo a Jesus em oração. Ocorreu então o que se crê como um milagre. Uma noite, enquanto Rita dormia profundamente, ouviu que a chamavam: “Rita, Rita, Rita!” Isso ocorreu três vezes, na terceira vez Rita abriu a porta e ali estavam Santo Agostinho, São Nicolau Tolentino e São João Batista, de qual ela havia sido devota desde muito menina.

Eles lhe pediram que os seguissem. Depois de correr pelas ruas de Roccaporena, no pico de Scoglio, onde Rita sempre ia orar, sentiu que a levantaram no ar e a empurravam suavemente. Encontrou-se acima do monastério de Santa Maria Madalena em Cássia. Então caiu em êxtase. Quando saiu do êxtase, encontrou-se dentro do monastério, embora todas as portas estivessem trancadas. Ante aquele milagre, as monjas agostinianas não lhe puderam negar entrada.

Finalmente aceita na ordem, consta que ali teria plantado uma roseira (ainda existente), que todos os anos dá flores em pleno inverno. É admitida e faz a profissão nesse mesmo ano de 1417, e ali passa quarenta anos de consagração a Deus.

Haroldo Wittitz: Editor and Publisher

St. Rita

On this date in 1457 died, St. Rita, born Rita Lotti in Roccaporena (Italy) and died in Cascia (Italy).

St. Rita was an Augustinian monk of the diocese of Spoleto, Italy. She was beatified in 1627, canonized in 1900. Patron saint of impossible causes, patients and their mothers

An only child, was widowed mother, religious and stigmatized. Born in May of the year 1381, one year after the death of St. Catherine of Siena.

The birthplace of St. Rita of Cascia is located between the mountains, about forty miles from Assisi in the Umbria region of central Italy that more saints had given the Church (St. Benedict, St. Scholastica, San Francisco, Santa Clara, St. Angela, St. Gabriel, St. Clare of Montefalco, Saint Valentine and many more).

His life began in a time of wars, earthquakes, conquests and rebellions. Countries invaded countries, cities attacked the neighboring towns, neighbors fighting with neighbors, brother against brother. The problems of the world seemed bigger than the politics and governments were able to solve. Born of devout parents, Antonio Mancini and Amata Ferri, who is known as the “Peacemakers of Jesus Christ,” as they called them to appease quarrels between neighbors.

They did not need powerful speeches or diplomatic discussions, only appealed to Jesus. They felt that the only way you can appease the souls. Despite the advanced age of Amata (62 years), even so failed to trust God and God was so, it is believed, answered their prayers: the story that an angel appeared to her and revealed that she would give birth a girl who would be the admiration of all, chosen by God to express all its wonders.

His parents, without having learned to read or write, Rita taught since childhood all about Jesus, the Virgin Mary and the most popular saints. Rita, like St. Catherine of Siena, never went to school to learn to write or read (Santa Catarina was, as is believed, given the grace to read miraculously by Jesus Christ), Santa Rita for his only book was the crucifix .

She wanted to be religious throughout his life, but his parents, Antonio and Amata, advanced age, she chose for a husband, Paolo Ferdinando, which was not a very wise decision. But Rita did. Catholics believe that God just wanted her to give us an example of an admirable wife, full of virtue, even the most difficult circumstances.

After marriage, her husband proved drinker, womanizer and abuser. She suffered long period of eighteen years who lived with her husband. Often drank “the cup of bitterness” to the last drop, were the countless acts of patience and resignation which he practiced, the burning tears he shed. Injured for no reason, had not a word of resentment; beaten, never complained and was so obedient that not going to church without the permission of her brutal husband.

The gentleness, meekness and prudence of the wife, however, that rude impetuosity softened, getting transformed into gentle lamb that lion furious. How eloquently taught to their married neighbors how to maintain peace and harmony with their spouses. They, admired for never have seen differences in Rita’s house, would often console themselves with it and expose the annoyances and insults they received from their husbands.

In imitation of Santa Monica, Rita told them: “Remember that from the moment we receive our husbands, as husbands, we accept them as our lords and masters, and so we owe them love, respect and obedience, as it means to be married ! Observe that there is less blame the woman who speaks ill of her husband than the husband who, with bad conduct, gives rise to the woman to speak evil. ” So it would not allow it whispered in his presence of defects of others. By this means many managed to banish the bad habit of speaking ill of others.

He found his strength in Jesus Christ in a life of prayer, suffering and silence. They had twins, who inherited his father’s temperament. Rita worried and prayed for them. After twenty years of marriage and prayer on the part of Rita, became the husband asked her forgiveness and promised to change his ways. Rita forgave him and he left his old life of sin. He spent time with Rita in the ways of God.

That did not last long, because while her husband had retired, was not well with their old friends and enemies. One night, Paolo did not come home. Before his conversion, this would not have been strange, but Paolo retired this was not normal. Rita knew that something had happened. The next day they found him murdered.

His sentence was increased when her two sons, who were bigger, vowed to avenge the death of his father. The petition failed to dissuade them. It was then that Santa Rita realized that it is better to save the soul to live long: he prayed the Lord to save the souls of her two children and to take away their lives before they were lost for eternity by committing a mortal sin. The Lord apparently answered their prayers: both suffered from a fatal illness.

During the time of illness, the mother told them sweetly of love and forgiveness. Before he died, they managed to forgive the murderers of his father. Rita was satisfied they were with their father in heaven.

When standing alone, is not overcome by grief and left suffering. Santa Rita wanted to enter the Augustinian convent with the nuns, but it was not easy to achieve. They did not want a woman who had been married. The violent death of her husband left a shadow of doubt. She turned back to Jesus in prayer. Then came what we believe as a miracle. One night while Rita was fast asleep, he heard that called “Rita, Rita, Rita!” This happened three times, the third time Rita opened the door and there were St. Augustine, St. Nicholas Tolentino and St. John the Baptist, which she had been from a very devout girl.

They asked him to follow them. After running through the streets of Roccaporena, the peak Scoglio, where Rita was always praying, he felt that rose in the air and pushed gently. It was found above the monastery of St. Mary Magdalene in Cascia. Then he fell into ecstasy. When he came out of ecstasy, was found inside the monastery, though all doors were locked. Faced with this miracle, the Augustinian nuns could not deny him entry.

Finally accepted the order, stated that there would have planted a rose bush (still existing), which every year gives flowers in winter. Is allowed and makes the profession in that same year of 1417, and there is forty years of dedication to God.

22/05/2012 Posted by | Cultura, Lembranças do Dia | Deixe um comentário