PrimeLife (Ano IX)

Viva Bem, Viva Mais, Viva com Estilo

Mindfulness

As grandes mudanças vêm precedidas de pequenas sacudidas, de tímidas variações diárias que têm o poder de mudar a nossa vida na direção correta. O Mindfulness pode nos ajudar a conseguir isso, e essas cinco chaves nos permitirão aprender a ser mais conscientes do momento presente para realizar mudanças reais em pouco tempo.

Todos sabemos que quando falamos de felicidade, não existem milagres. O que existe é a força de vontade e a mente aberta que dia após dia e pouco a pouco vai sendo mais perceptiva a tudo o que acontece ao seu redor para intuir oportunidades. Para cruzar a porta certa no momento certo.

Um dos maiores inimigos que nos separa destes limiares de oportunidade é sem dúvida a “mente errante”. Tanto é que, segundo nos revelam vários estudos, nós passamos cerca de 30 a 40% do nosso tempo na posição de “piloto automático”.

Viver uma vida rotineira onde nos transformamos em meros passageiros em vez de comandantes é como deixar a nossa própria felicidade nas mãos do destino.

Isso não é o mais adequado. Por isso, propomos que você faça algumas mudanças. Te convidamos a incluir no seu dia a dia essas cinco chaves para ver resultados diretos em 15 dias.

  1. Seja receptivo às suas emoções, o melhor momento para lidar com elas é AGORA

O Mindfulness é, acima de tudo, uma filosofia de vida; uma ferramenta para desenvolver uma consciência mais plena com o nosso momento presente e o que acontece nele.

  • Nada disso teria sentido se não prestássemos atenção nas nossas emoções. Aspectos como a decepção, o nojo, a contradição ou a raiva não podem ser colocadas dentro de uma pasta do disco rígido do nosso cérebro.
  • Nós devemos geri-las, entender essas emoções, tomar o controle desse mundo interior sem adiar.
  1. O Mindfulness ensina a parar de julgar

Aprenda a viver sua própria realidade sem julgar. Os outros têm todo o direito de fazer, entender e viver sua vida como desejam.

  • A sua vida é sua, seja responsável por ela e evite fazer julgamentos sobre os universos alheios ao seu. Algo tão simples permitirá que você disponha de um estado de calma e equilíbrio adequado a partir de hoje.
  1. Seja receptivo, escute, aprenda a estar presente

Faça isso, apague neste exato momento o som incessante e repetitivo dos seus pensamentos.

  • Agora abra os olhos, mas não só para olhar: “veja” com maior calma tudo aquilo que o rodeia.
  • Diminua o ritmo da sua vida, pare e respire.
  • Agora, aprenda a escutar. Você tem “ouvido” sons durante muito tempo, mas é hora de sentir, de ver e ouvir com o coração, com o centro da sua mente.

“Em um coração livre de tensões, o amor flui em todas as direções.”-Maharishi-

Da mesma forma, outra ferramenta excepcional para aprender a estar mais presente é gerir melhor o nosso tempo. Se você deseja ter uma vida mais plena, é necessário aprender a aplicar filtros mentais adequados e a concentrar todas as suas energias e recursos pessoais nesse propósito de vida que tem em mente.

  1. Deixe de lado o “EU TENHO QUE SER” para praticar o “EU SOU”

Nós passamos grande parte da nossa vida sendo o que os outros esperam de nós. Nos esforçamos para agradar, para ser o que os outros querem… Tudo isso é fonte de sofrimento desnecessário que nos leva a uma dura infelicidade.

  • Faça mudanças. Substitua o “eu tenho que ser” pelo “eu sou”.
  • A meditação pode ser uma grande aliada para lembrar-nos de quem somos e entrarmos em contato com o nosso verdadeiro eu no momento presente.

Não podemos nos esquecer de que a ferramenta essencial do Mindfulness é, sem dúvidas, a meditação.

  1. Pratique a aceitação

Praticar a aceitação no nosso dia a dia não significa nos rendermos diante de tudo aquilo que acontece ao nosso redor.

  • Significa, em primeiro lugar, aceitarmos a nós mesmos e as nossas emoções presentes.
  • A aceitação também nos permite entender realidades alheias às nossas e a respeitá-las.
  • Da mesma forma, saber aceitar é falar o idioma do coração onde se conjugam a tolerância e a compreensão. Só assim seremos capazes de iniciar mudanças, de abrir as portas em direção ao nosso bem-estar interior.

Para concluir, estas cinco chaves são como janelas que espreitamos todos os dias para ver e entender a vida de outro modo.

O Mindfulness é o melhor marco para nos aproximarmos de uma felicidade mais plena e mais autêntica.

Não hesite em aproveitar suas ferramentas, em permitir-se ser guiado por especialistas da área.

A formação é sempre o modo mais simples e prático de conseguir resultados diretos em pouco tempo.

16/09/2017 Posted by | Autoconhecimento, Comportamento, Psicologia | Deixe um comentário

Gratidão

Às vezes esquecemos que a gratidão é uma das nossas emoções positivas mais poderosas, e uma ótima forma de doar e se conectar com os outros (quando agradeço alguém por me fazer um favor ou uma pequena gentileza, essa pessoa tende a gostar um pouco mais de mim. Isso faz aumentar a chance de vivenciarmos a ressonância positiva).

Então, agradeça sempre que puder. Envie uma mensagem de texto, faça uma ligação ou mande um bilhete. As cartas de agradecimento estão entre as intervenções mais poderosas estudadas por praticantes de psicologia positiva.

Voluntários escrevem uma carta para alguém que nunca tenham agradecido devidamente por algo (em geral coisas não materiais) e então leem a carta em voz alta para a pessoa. Já se verificou que este ato valente gera, em quem ouve, grande felicidade. Quando oferecemos gratidão livremente, aumentamos nossa conexão com os outros.

02/09/2017 Posted by | Atitudes, Psicologia | Deixe um comentário

Amor x Paciência

Às vezes não é o amor que acaba, e sim a paciência, essa que dizem que é santa, porque resiste a ventos e marés e sempre acaba dando mais do que deveria.

Agora, como não oferecer tudo por essa pessoa com quem você construiu um vínculo afetivo e vital e, inclusive, um projeto de vida?

Fica claro que está justificado ceder tantas vezes mais do que deveria, que se exerça o perdão hoje, amanhã e depois de amanhã, e que se espere um pouco mais com a esperança de que as coisas melhorem…

Há quem diga que a paciência é uma virtude, mas está claro que esta dimensão não pode ser aplicada a todos os âmbitos, e que além disso, deve ter certos limites.

Você não pode passar uma vida inteira sendo paciente, vendo os seus direitos ficarem vulneráveis, sendo que você precisa de reciprocidade, cuidado, afeto e reconhecimento.

O amor requer compromisso, vontade e paciência… mas até certo ponto

A paciência no amor não é a mesma coisa que passividade.

Assim como dissemos anteriormente, é comum definir o conceito de paciência como uma virtude. É a faculdade que as pessoas tem de postergar determinadas coisas que nos trazem satisfação, porque pensamos que essa espera, a longo prazo, trará coisas melhores.

Há quem se justifique usando essa palavra como uma dimensão que há que se assumir.

As coisas estão mal, mas o que se pode fazer? É preciso ter paciência. “O que eu posso fazer se ele é assim? Não posso mudá-lo (a), portanto é melhor ter paciência”…

É preciso não confundir paciência com passividade

Na verdade aí está a chave autêntica. Podemos ser pacientes, podemos fazer da paciência a nossa melhor virtude porque ela nos ajuda a analisar melhor a situação, a saber observar, a sermos reflexivos.

Contudo, todo esse processo interior deve nos permitir ver a realidade autêntica.

Uma pessoa paciente não tem motivo para ser passiva. A pessoa passiva faz da tolerância a sua forma de vida, permitindo abuso até experimentar na própria pele como a sua integridade fica vulnerável. E isso é algo que não se deve permitir jamais.

Os benefícios de ser paciente, mas não passivo

Na hora de estabelecer um relacionamento afetivo, a paciência é um pilar no dia a dia que devemos reconhecer. É claro que você não precisa gostar de cada aspecto, comportamento ou costume do seu companheiro, mas nem por isso você vai agir de forma impulsiva jogando o fato na cara e terminando o relacionamento.

Somos pacientes, respeitamos e toleramos porque amamos. Porque também sabemos que em todo casal existe um tempo para que as coisas se amorteçam, para que tudo se encaixe e por sua vez, compreendamos as necessidades de cada um.

Agora, a paciência requer por sua vez clareza emocional. É preciso saber onde estão os limites e compreender em que momento estamos ficando vulneráveis como pessoas. Como membros de um relacionamento afetivo.

Não é preciso ser passivo frente às exigências carregadas de egoísmos, frente à posição de se priorizar antes do outro. Não se deve fechar os olhos às carências, nem ser impassível à dor emocional que os vazios provocam, os desprezos ou os maus tratos sutis exercidos através de palavras envenenadas.

É aqui onde a paciência deve cair, puxar o seu véu para ver a verdade.

Quando a paciência termina… O que fazer?

Quando a paciência acaba, chega a decepção porque já somos conscientes da nossa realidade em todas as suas nuances. Em todos os seus contrastes. Agora, isto não significa que se deva terminar na hora esse relacionamento obrigatoriamente, se ainda se está amando a outra pessoa.

É momento de falar, de colocar às claras qual é a situação e dizer o que você sente e o que você precisa. Não se trata de evadir o problema. Se esse compromisso lhe interessa, você dará tudo que for possível para mantê-lo.

Agora, para que um relacionamento prospere ou cure essas carências que machucam, o esforço deve ser mútuo. Na hora em que um oferece mais e o outro só apresenta as suas desculpas, a paciência se perde completamente, e com ela, a decepção se transforma em um abismo.

18/08/2017 Posted by | Psicologia | Deixe um comentário

Não mendigue a atenção de ninguém, e muito menos o amor

Não mendigue o amor de quem não tem tempo para você, de quem só pensa em si mesmo. Nunca faça isso. Quem faz você se sentir invisível e insignificante diante de uma indiferença não te merece. Só te merece quem, com atenção, faz você se sentir importante e presente.

O amor deve ser demonstrado, mas nunca, jamais, deve ser mendigado. O fato de haver necessidade de mendigar amor é o mais fiel reflexo de uma injustiça emocional, de um desequilíbrio do sentimento que sustenta a relação.

Merece seu amor aquele que diz menos, mas faz mais. Não te merece quem só te procura quando precisa, mas sim quem está ao seu lado quando você precisa, e não só quando o interesse pessoal permite. Merece seu amor quem, sem esperar nada, leva esse sentimento dentro de si e faz você sentir que é importante.

Não existe falta de tempo, existe falta de interesse

Dizem que não existe falta de tempo, mas sim falta de interesse porque, quando realmente se quer, a madrugada se transforma em dia, terça-feira se transforma em sábado e um momento se transforma em oportunidade.

Também dizem que quem espera muito, se decepciona e sofre. Assim, temos que checar nossas expectativas e colocar na cabeça o ensinamento:não espere nada de ninguém, espere tudo de você mesmo”.

Quando percebemos o que os outros fazem ou dizem como mentiras, obviamente sentimos dor. Uma dor emocional que a nível cerebral se comporta da mesma forma que uma dor física.

Por que deveríamos ignorar a dor emocional então? Não podemos simplesmente deixar que o tempo cure, temos que trabalhar sobre a dor e extrair dela os ensinamentos cabíveis do mesmo modo que deixaríamos de tomar chocolate quente se descobríssemos que é ele a causa da nossa dor de estômago.

Isso é muito importante porque socialmente há a falsa crença de que o mal-estar psicológico é sinal de fraqueza e que, ao mesmo tempo, o tempo curará as feridas sem necessidade de desinfetá-las, nem de fazer curativos ou cuidados para evitar que sangrem.

Valorize-se, queira bem a si mesmo

Dedique tempo às pessoas que merecem e que fazem você se sentir bem. Não mendigue atenção, amizade, nem amor de ninguém. Quem quiser estar com você demonstrará sua intenção, cedo ou tarde.

Por isso, se você está vivendo uma situação de injustiça emocional angustiante, lembre-se:

– Não procure quem não o procura e não responde aos seus chamados. Não busque quem não sente sua falta. Não sinta a falta de quem não te busca. Não escreva a quem não te escreve, não se submeta ao castigo da indiferença que fica clara diante de mensagens ignoradas ou silêncios infundados.

– Não espere quem não te espera, valorize-se e deixe de mendigar e de implorar por amor. Porque, como dissemos, o amor deve ser demonstrado e sentido, mas jamais implorado. Guarde seu carinho para quem te quer e te compreende sem qualquer julgamento.

– E, sobretudo, não se esqueça do valor do seu sorriso diante do espelho, ame a si mesmo e valorize-se por tudo o que você é, e não pelo que alguém que não te merece faz você pensar de si mesmo. Ame-se e compreenda que o fato de que alguém o trata mal não quer dizer que você não deva fazer o impossível para rodear-se de pessoas que te fazem o bem e te querem bem.

14/08/2017 Posted by | Comportamento, Psicologia | Deixe um comentário

As pessoas egoístas são incapazes de amar

É comum termos a ideia arraigada de que as pessoas egoístas são narcisistas. Acreditamos que estas pessoas apenas se preocupam com elas mesmas, que se valorizam e se amam acima de tudo. No entanto, a realidade é bem diferente: as pessoas egoístas não têm apenas dificuldade de amar os outros, mas também de amar a si mesmas.

Entendemos que uma pessoa egoísta é aquela que só se interessa por si mesma. Ela carece de respeito e de interesse pelas necessidades dos outros, se relaciona com as pessoas principalmente por sua utilidade e pelos benefícios que podem extrair delas.

Estabelecem, portanto, relacionamentos instrumentais para cobrir as suas necessidades, sem considerar a vertente emocional das pessoas. Isto pode acontecer, por sua vez, pelo temor de se envolver demais nos relacionamentos e sair machucado. Assim, na verdade, o estão fazendo é fugir do amor.

A pessoa egoísta não obtém satisfação em dar; a sua preocupação está basicamente no que vai receber em troca. Pode dar a impressão de que toda esta energia que foca em si mesma é decorrente do amor próprio que sente. Contudo, todas essas atitudes implicam uma grande incapacidade de amar a si mesmo.

“Não enxerga mais do que a si mesma; julga os outros segundo a sua utilidade; é basicamente incapaz de amar. Isso não prova que a preocupação com os outros e consigo mesmo são alternativas inevitáveis? Isso seria verdade se o egoísmo e o amor próprio fossem idênticos, mas tal suposição é precisamente a falácia que levou a tantas conclusões errôneas a respeito dos nossos problemas.”-Erich Fromm-

As pessoas egoístas não possuem amor próprio

É comum que as pessoas confundam amor próprio com o fato de ser egoísta. A pessoa que ama a si mesma está longe de parecer uma pessoa egoísta, já que existem diferenças notórias que denotam uma preocupação real tanto consigo mesmo quanto com as pessoas que a rodeiam.

Quando mergulhamos no próprio conhecimento de nós mesmos, iniciamos, por sua vez, uma melhor compreensão dos outros. O autoconhecimento é a única forma de ser consciente das nossas próprias limitações, da falta de autoaceitação e de todos os medos subjacentes ao próprio comportamento.

“O egoísmo e o amor por si mesmo, longe de serem idênticos, são realmente opostos. O indivíduo egoísta não se ama muito, e sim muito pouco; na verdade, se odeia. Tal falta de carinho e cuidado nada mais é do que a expressão da sua falta de produtividade, o deixa vazio e frustrado. Necessariamente se sente infeliz e ansiosamente preocupado por arrancar da vida as satisfações que ele se impede de obter.-Erich Fromm-

Amar-se para poder amar

É fundamental amar primeiro a si mesmo para então poder amar os outros. Este fato é primordial e está muito longe do que é o egoísmo. Atender e ouvir as nossas próprias necessidades, dando-lhes o valor que merecem, supõe um respeito consigo mesmo, imprescindível para aprender a se amar.

Considerar as próprias emoções, expressando-as e aceitando-as, nos transforma em pessoas mais autênticas com facilidade para nos relacionarmos a partir da intimidade e da confiança, e não através do medo de ser ferido, que só termina em relacionamentos superficiais, onde vamos agregando camadas que nos impedem de ver a nossa própria capacidade de amar.

“A ideia expressada no versículo bíblico ‘Ame o próximo como a si mesmo’ implica que o respeito pela própria integridade e unicidade, o amor e a compreensão de si mesmo, não podem se separar do respeito, o amor e a compreensão do outro indivíduo. O amor para consigo mesmo está inseparavelmente ligado ao amor por qualquer outro ser.”-Erich Fromm-

Enganamos a nós mesmos achando que amamos

Do mesmo jeito que a pessoa que é egoísta é incapaz de amar, isso acontece também com a pessoa que tem uma grande preocupação com os outros, e se dedica completamente a aqueles que a rodeiam, desconectando-se de si mesma. Desta forma, acha que sente tanto amor que é capaz de renunciar às suas necessidades.

Este exemplo é fácil de enxergar nas mães superprotetoras e nas pessoas que se esquecem de si mesmas para prestar atenção aos outros, e estar à sua disposição para quando precisarem. São pessoas que se derramam nas necessidades alheias como se fossem as suas próprias.

Esta forma de amar pode ser confundida com pessoas muito boas, que estão dispostas a se entregarem desinteressadamente, e amam ao próximo inclusive mais do que a si mesmas. Esta conclusão é igualmente enganosa à de que o egoísta ama muito a si mesmo. Ambas as formas de amar são um autoengano no qual se manifesta uma compensação exagerada pela sua incapacidade de amar.

“É mais fácil compreender o egoísmo comparando-o com a ávida preocupação pelos outros, como a que encontramos, por exemplo, em uma mãe superprotetora. Embora ela ache conscientemente que é extremamente carinhosa com seu filho, na verdade possui uma hostilidade profundamente reprimida contra o objeto das suas preocupações. Os seus cuidados exagerados não obedecem a um amor excessivo para com a criança, e sim ao fato de que ela precisa compensar a sua total incapacidade de amá-lo.”-Erich Fromm-

Como podemos comprovar nos exemplos das pessoas egoístas e nas pessoas que não se preocupam consigo mesmas, estas são duas formas nas quais não existe o amor por si mesmo, portanto, não pode existir o amor pelas outras pessoas.

“Disto deduzimos que a minha própria pessoa deve ser um objeto do meu amor, do mesmo jeito que é a outra pessoa. A afirmação da vida, felicidade, crescimento e liberdade própria estão arraigados na própria capacidade de amar, isto é, no cuidado, no respeito, na responsabilidade e no conhecimento. Se um indivíduo é capaz de amar produtivamente, também ama a si mesmo; se só ama os outros, não pode amar de jeito algum.”-Erich Fromm

11/08/2017 Posted by | Psicologia | Deixe um comentário

Por que as pessoas inteligentes preferem menos amigos?

Muitos de nós já nos perguntamos, vez ou de outra, o que faz uma vida bem vivida.

Ser cercado pela família e um monte de amigos?

Pode ser cercado por um punhado seleto de pessoas em sua vida?

Você já observou uma pessoa realmente inteligente em sua vida e os amigos com os quais se cerca?

E a quantidade de pessoas ao seu redor?

Acontece que as pessoas mais inteligentes preferem menos amigos e aqui está o porquê.

O que faria a maioria das pessoas feliz

Uma nova pesquisa, publicada no British Journal of Psychology, trata de questões sobre o que exatamente define uma vida bem vivida. Acontece que, os estilos de vida “de caçadores” de nossos antepassados formam a base do que nos faz felizes agora.

A pesquisa entrevistou aproximadamente 15.000 pessoas entre as idades de 18 a 28 anos de idade.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas que vivem em áreas densamente povoadas relataram menos satisfação com a qualidade de sua vida. A próxima conclusão sugere que quanto mais frequentes nossas interações com amigos próximos, mais melhoramos a nossa felicidade autorelatada.

Pessoas inteligentes são uma exceção

No entanto, existe uma exceção. Para aqueles com quocientes de inteligência mais elevados, essas correlações drasticamente diminuem. “O efeito da densidade populacional na satisfação com a vida era, portanto, mais de duas vezes maior para os indivíduos de baixo QI”. Assim, quanto mais inteligente você é, menos está satisfeito com a vida se socializando com os amigos com mais frequência. Mas por quê?

Pessoas inteligentes estão focadas em objetivos de longo prazo

As pessoas com QI mais elevado e capacidade de usarem sua inteligência, são menos propensas a gastarem tempo socializando. Por quê? As pessoas inteligentes estão focadas em objetivos de longo prazo. São obrigadas, e talvez um pouco mais orientadas a usarem sua inteligência para criarem algo maior do que elas mesmas.

Por exemplo, pense em alguém que você conhece que fez pós-graduação ou começou seu próprio negócio. Ao perseguir suas ambições e objetivos, esse alguém teve de minimizar interações sociais para permanecer na tarefa de alcançar seu objetivo. Uma pessoa inteligente, na busca de alcançar algo maior e melhor do que ela mesma, pode considerar a interação social como uma distração, algo que a afasta de objetivos a longo prazo, o que, por sua vez, podem afetar seu bem-estar geral.

Quando buscando um objetivo a longo prazo, o indivíduo mais inteligente prefere ficar em casa e trabalhar no sentido de seus sonhos e ambições, em vez de sair em um sábado à noite com alguns amigos. Não é que ele não valoriza a amizade, mas quando está à espreita de alcançar a grandeza, julga a socialização como distração.

Como as pessoas inteligentes se desenvolveram de forma distinta durante a evolução do cérebro humano

O cérebro humano evoluiu para atender as demandas do nosso ambiente ancestral na savana. A densidade da população era baixa e subsistíamos por um estilo de vida caçador-coletor. Durante estes tempos, ter contato frequente com os amigos ao longo da vida era necessário para a nossa sobrevivência e posterior reprodução da nossa espécie.

Nos dias de hoje, a nossa vida mudou drasticamente, assim como nossas interações com o outro. As pessoas inteligentes podem ser mais capazes de lidar com os novos desafios que a vida moderna nos lança. Ou seja, essas pessoas têm uma melhor capacidade de resolverem problemas evolutivos e novos e mais facilidade de lidarem com novas situações.

Quando você é mais inteligente, é mais capaz de se adaptar às coisas e tem mais facilidade em fundir suas predisposições ancestrais com o mundo moderno.

Pessoas inteligentes valorizam relacionamentos de uma maneira diferente

As pessoas inteligentes valorizam amizades e relacionamentos como qualquer outra pessoa, mas tendem a ser mais seletivas com a forma como gastam o seu tempo. Não é que elas não valorizam amizades e socialização, é que também valorizam os seus interesses pessoais.

Luiza Fletcher

19/07/2017 Posted by | Comportamento, Psicologia | Deixe um comentário

Você atrai o que você é

Quem nós pensamos que somos está intimamente ligado a como nos consideramos tratados pelos outros. Muitas pessoas se queixam de que não recebem um tratamento bom o bastante. “Não me tratam com respeito, atenção, reconhecimento, consideração. Tratam-me como se eu não tivesse valor”, elas dizem. Quando o tratamento é bondoso, elas suspeitam de motivos ocultos. “Os outros querem me manipular, levar vantagem sobre mim. Ninguém me ama.”

Quem elas pensam que são é isto: “Sou um pequeno eu’ carente cujas necessidades não estão sendo satisfeitas.” Esse erro básico de percepção de quem elas são cria um distúrbio em todos os seus relacionamentos. Esses indivíduos acreditam que não têm nada a dar e que o mundo ou os outros estão ocultando delas aquilo de que precisam. Toda a sua realidade se baseia num sentido ilusório de quem elas são. Isso sabota situações, prejudica todos os relacionamentos. Se o pensamento de falta – seja de dinheiro, reconhecimento ou amor – se tornou parte de quem pensamos que somos, sempre experimentaremos a falta.

Em vez de reconhecermos o que já há de bom na nossa vida, tudo o que vemos é carência. Detectarmos o que existe de positivo na nossa vida é a base de toda a abundância. O fato é o seguinte: seja o que for que nós pensemos que o mundo está nos tirando é isso que estamos tirando do mundo. Agimos assim porque no fundo acreditamos que somos pequenos e que não temos nada a dar.

Se esse for o seu caso, experimente fazer o seguinte por duas semanas e veja como sua realidade mudará: dê às pessoas qualquer coisa que você pense que elas estão lhe negando – elogios, apreço, ajuda, atenção, etc. Você não tem isso? Aja exatamente como se tivesse e tudo isso surgirá. Logo depois que você começar a dar, passará a receber. Ninguém pode ganhar o que não dá. O fluxo de entrada determina o fluxo de saída. Seja o que for que você acredite que o mundo não está lhe concedendo você já possui. Contudo, a menos que permita que isso flua para fora de você, nem mesmo saberá que tem. Isso inclui a abundância. A lei segundo a qual o fluxo de saída determina o fluxo de entrada é expressa por Jesus nesta imagem marcante: “Dai, e dar-se-vos-á.

Colocar-vos-ão no regaço medida boa, cheia, recalcada, sacudida e transbordante, porque, com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos vós também.” A fonte de toda a abundância não está fora de você. Ela é parte de quem você é. Entretanto, comece por admitir e reconhecê-la exteriormente. Veja a plenitude da vida ao seu redor. O calor do sol sobre sua pele, a exibição de flores magníficas num quiosque de plantas, o sabor de uma fruta suculenta, a sensação no corpo de toda a força da chuva que cai do céu. A plenitude da vida está presente a cada passo. Seu reconhecimento desperta a abundância interior adormecida. Então permita que ela flua para fora. Só fato de você sorrir para um estranho já promove uma mínima saída de energia. Você se torna um doador. Pergunte-se com frequência: “O que posso dar neste caso?

Como posso prestar um serviço a esta pessoa nesta situação? Você não precisa ser dono de nada para perceber que tem abundância. Porém, se sentir com frequência que a possui, é quase certo que as coisas comecem a acontecer na sua vida. Ela só chega para aqueles que já a têm. Parece um tanto injusto, mas é claro que não é. É uma lei universal. Tanto a fartura quanto a escassez são estados interiores que se manifestam como nossa realidade. Jesus fala sobre isso da seguinte maneira: “Pois, ao que tem, se lhe dará; e ao que não tem, se lhe tirará até o que não tem.

Eckhart Tolle

17/07/2017 Posted by | Desenvolvimento Pessoal, Espiritualidade, Psicologia | Deixe um comentário

Gratidão

A gratidão é o maior princípio do reconhecimento que nós podemos ter. Quando recebemos algo, faz todo sentido demonstrar nossa gratidão.

Os benefícios da gratidão são maravilhosos!

A gratidão não é moeda de troca, é gentileza. É sentir necessidade de dizer “obrigado”, é beijar no rosto de alguém carinhosamente, é se expressar em gestos, qualquer atitude, com um sentido abraço.

A gratidão traz junto dela uma série de outros sentimentos, como amor, fidelidade, amizade e muito mais. A gratidão é um sentimento muito nobre!

É muito importante lembrar que onde você foca a sua Gratidão, lá estará a sua felicidade. No casamento, no trabalho, família, pais, filhos, amigos, financeiro.

Vamos dizer que você tem um trabalho onde 90% do tempo você se sente feliz, realizado e motivado, porém tem 10% que não é tão bom.

Se você focar nos 90% positivo você terá mais coisas boas e sentirá bem. O contrário também pode ocorrer se você observar só os 10% ruins você terá mais coisas negativas, problemas, enfim tudo que não era para acontecer irá acontecer.

Quando você aprende a focar em coisas boas e começa a agradecer por elas, a mudança será positivamente avassaladora.

A Gratidão vem de dentro. Precisamos senti-la verdadeiramente em nosso coração, vivenciá-la com os gestos, olhares e principalmente com as palavras.

Muitos têm o sentimento de gratidão em seu coração, mas não “colocam” para fora dizendo: muito obrigada, sou grato.

O que nos impede de sermos Gratos:

◾Sentimento de inferioridade e de vitimização extrema;

◾Autossuficiência

◾Mágoa e ressentimentos

◾Inveja e comparação

◾Dificuldades de mostrar afetos

É importante reforçar a necessidade de ter a Gratidão dentro e fora, buscando usar palavras e termos gentis e educados, pois sabemos que o Universo absorve nossos sentimentos, ações e palavras.

Quando você alcançar esta maneira de pensar e de se sentir grato, você perceberá que coisas extraordinárias irão acontecer em sua vida e ao seu redor.

28/06/2017 Posted by | Comportamento, Psicologia | Deixe um comentário

Não agrade os ingratos, nem sirva os folgados

Passamos muito tempo fazendo a coisa certa para as pessoas erradas, sofrendo as consequências das péssimas escolhas pelo caminho, sofrendo à toa por coisas inúteis e gente sem conteúdo, alimentando vãs esperanças em relação ao que não tem a menor chance de vir a acontecer.

Perdemos muito tempo investindo no vazio, esperando retorno do que não volta, aguardando sorrisos de quem nem nos olha direito. É preciso focar no que é real, pois, mesmo que não haja muito de verdadeiro nesses terrenos, esse pouco bastará.

Precisamos parar de tentar agradar aos ingratos, às pessoas descontentes e incapazes de receber algo de fora. Existem indivíduos que se encontram por demais fechados ao acolhimento do que não se encontra dentro deles, do que não faz parte daquele mundinho em que eles se fecham, presos a crenças e sentimentos que não mudam, não são repensados, não saem do lugar. Tentar alcançá-los é inútil.

É necessário evitar a servidão aos folgados, aos aproveitadores, a quem não sai do lugar por si só, a quem foge a qualquer tipo de responsabilidade, pois sabe que alguém sempre fará por ele.

Temos que ter clareza quanto ao que realmente devemos e poderemos tomar para nós, ou acumularemos cargas de bagagens que não são, nem de longe, relacionadas às nossas vidas. Muita gente precisa de ajuda, sim, mas muitos precisam é de vergonha na cara.

Não podemos nutrir amizades duvidosas, com pessoas que não expressam a menor necessidade de nós, como se tanto nossa presença quanto nossa ausência fossem a mesma coisa, algo sem importância, invisível, dispensável.

Nem todos de quem gostamos irão gostar de nós, o retorno da estima e da afeição nunca é uma certeza, portanto, há necessidade de que adentremos exclusivamente os encontros verdadeiros.

Não é fácil nem tranquilo conseguirmos acertar quanto ao que poderemos regar com a certeza de retorno e reciprocidade, uma vez que as pessoas, os acontecimentos, a vida, tudo é imprevisível.

Embora muito do que acontecerá em nossas vidas não possa ser controlado, mantermos sob controle nossas verdades e a certeza de que merecemos ser felizes nos tornará mais fortes diante dos tombos, sem que desistamos de nossos sonhos.

28/06/2017 Posted by | Comportamento, Psicologia | Deixe um comentário

Quem sabe, nem sempre sabe

Quando um amigo disse-lhe que o oráculo de Delfos havia apontado Sócrates como o mais inteligente dos homens, o próprio Sócrates achou que aquilo era um absurdo. Afinal de contas, ele não cansava de dizer que não sabia nada. Este era o cerne de sua pregação, a base das famosas investigações dialéticas que deram origem à filosofia ocidental.
Como escreveu Platão no livro Apologia de Sócrates, ele tratou então de investigar o assunto. Depois de conversar com os grandes sábios de Atenas – artesãos, militares, políticos – concluiu que sim, o oráculo talvez tivesse razão. Porque ninguém sabia nada, mas todos achavam que sabiam muito. Sócrates era o único que sabia que não sabia.
Vinte e quatro séculos depois, o então secretário da Defesa dos Estados Unidos sob o governo Bush, Donald Rumsfeld, popularizou um conceito semelhante. Segundo ele, há coisas que nós sabemos que sabemos, há o que não sabemos que sabemos, há o que sabemos que não sabemos e, o quadrante mais perigoso de todos, aquilo que não sabemos que não sabemos.
É deste último quadrante que trata o livro The Knowledge Illusion: Why We Never Think Alone (“A ilusão do conhecimento: por que nós nunca pensamos sozinhos”, numa tradução livre), de Steven Sloman e Philip Fernbach, dois pesquisadores especializados em ciência do conhecimento.

No caso de Rumsfeld, os “desconhecidos”, como os definiu, eram cruciais. O maior perigo para a segurança vem da surpresa – como demonstrou o trágico ataque terrorista às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, em setembro de 2001. Há um forte argumento de que o mesmo vale para o dia a dia de qualquer um de nós.
Os piores riscos são aqueles para os quais não estamos preparados. É o que o analista e escritor Nassim Taleb chamou de “cisnes negros”: baques fora da curva de nossas expectativas, como o terremoto de Fukushima, que destruiu uma usina nuclear projetada para aguentar terremotos com a força que costumavam ter no passado, ou a crise de 2008, derivada do colapso de investimentos que as pessoas achavam que entendiam.

A ilusão de conhecimento está em todo lugar. Na escola, por exemplo, os alunos seguem o raciocínio do professor, concordam com ele… e acham que dominaram a matéria. Quando precisam usar aquele conhecimento, percebem que não o têm. Da mesma forma, se alguém lhe ensina um caminho, você acredita que já sabe chegar ao seu destino – até que, na segunda curva, está novamente perdido. “O mais minúsculo pedaço de conhecimento nos faz nos sentir especialistas”, dizem os autores.
“Quando nos sentimos especialistas, começamos a falar como especialistas. E acontece que as pessoas com quem falamos também não entendem muita coisa. Então, em relação a elas, somos especialistas. Isso aumenta o nosso sentimento de que entendemos das coisas.”

O resultado disso é que, mesmo sem saber nada de meteorologia ou biologia, travamos duros debates sobre mudanças climáticas ou transgênicos. Sem entender as contas do governo, firmamos posição intransigente sobre a reforma da Previdência.

Boa parte da nossa ilusão de conhecimento, dizem Sloman e Fernbach, é uma confusão de fronteiras. Nós achamos que a compreensão está em nosso cérebro, mas ela está espalhada por uma rede de conhecimento coletivo.
“Nossa inteligência reside não nos cérebros individuais, mas na mente coletiva”, dizem. “Para funcionar, os indivíduos se apoiam não somente no conhecimento armazenado em suas cabeças, mas também no conhecimento guardado em outros lugares: nossos corpos, no ambiente, e especialmente em outras pessoas.”
Temos a impressão de ter todo o conhecimento do mundo na ponta dos dedos (desde que os dedos estejam perto de um teclado com conexão à internet). Em outro livro recente, The Enigma of Reason (“O enigma da razão”, numa tradução livre), uma outra dupla de cientistas cognitivos, Hugo Mercier e Dan Sperber, argumenta que a razão humana evoluiu de forma comunitária. Nosso cérebro não se desenvolveu para lidar com problemas lógicos, nem mesmo para extrair conclusões de dados esparsos, dizem. Ele se desenvolveu para resolver os problemas impostos pela vida em comunidade.
A tese não é nova. Na década de 90, o psicólogo evolucionista Robin Dunbar comparou diversas espécies de primatas e concluiu que o tamanho do cérebro guarda uma forte correlação positiva com o tamanho das comunidades.
Talvez por simplificação, mas certamente também por um mecanismo de mistificação, tendemos a atribuir a indivíduos o esforço que em geral é coletivo. Steve Jobs conseguiu sozinho levantar a Apple? Martin Luther King ergueu do nada o movimento de direitos civis nos Estados Unidos?

“A ilusão do conhecimento ocorre porque nós vivemos numa comunidade de conhecimento e não conseguimos distinguir entre a sabedoria que está em nossas cabeças e a que está fora delas”, dizem Sloman e Fernbach. E isso nos leva a tomar decisões piores.
Como o nosso modelo mental ainda é o de indivíduos racionais, capazes de chegar sozinhos a decisões sensatas, a maior parte dos programas de melhora nas decisões trata de prover mais informações – são os cursos de finanças pessoais, os programas de elucidação de riscos à saúde etc. Mas, como diz Dan Kahan, professor de direito de Yale, nossas atitudes não são baseadas na avaliação sóbria das evidências. Elas têm a ver com crenças comunitárias, com valores culturais compartilhados, com os mecanismos de formação da nossa identidade.
Para melhorar os nossos processos de decisão, argumentam Sloman e Fernbach, não basta melhorar o nível de informação, e não basta atuar no nível individual. É preciso alterar valores, modificar crenças, estabelecer novas conexões sociais. Como fazer isso é que são elas. Os dois autores não fornecem muitas pistas nessa direção. Parecem ter chegado apenas ao nível de Sócrates: descobriram que não sabem nada.

The Knowledge Illusion: Why We Never Think Alone

Editora: Pan Macmillan

Autores: Steven Sloman e Philip Fernbach

304 páginas

David Cohen

07/06/2017 Posted by | Livros, Psicologia | Deixe um comentário