PrimeLife (Ano IX)

Viva Bem, Viva Mais, Viva com Estilo

Dia da Literatura Brasileira

Embora as comemorações – incluindo as internacionais – sejam dirigidas, com justiça, aos trabalhadores, o primeiro dia de maio serve, também, para homenagear a Literatura Brasileira. Sim, com maiúsculas.

A data coincide – e dela advém – com o nascimento de José de Alencar, o grande romancista romântico. Há quem diga que essa jovem senhora tem apenas 176 anos, já que a publicação de Suspiros Poéticos e Saudades, em 1836, marca a literatura “realmente brasileira”, independente dos domínios portugueses. Há quem defenda que uma literatura que utilize uma língua europeia não pode ser considerada “independente”. Discussões sempre haverá – e conclusões idem.

À margem de qualquer polêmica está o leitor, que vê diante de si Paulo Coelho, o glorificado, ser o grande exemplo de escritor brasileiro, o representante máximo de uma literatura que prolifera internacionalmente.

Esse mesmo leitor ignora as prosas de Campos de Carvalho, Dalton Trevisan, Hilda Hilst, Herberto Salles, Osman Lins, Murilo Rubião, José J. Veiga e Aníbal Machado, expoentes de uma criação que merece mais atenção, estudo e respeito por parte da Intelligentsia. Poucos, além dos estudantes de Letras, conhecem a crítica de Wilson Martins, de Alfredo Bosi e de Sérgio Buarque.

À parte os genuinamente consagrados Drummond, Castro Alves, Bilac, Augusto dos Anjos, João Cabral, Oswald, Vinícius, Ferreira Gullar, Cecília, Murilo Mendes e Jorge de Lima, o que dizer da poesia de Roberto Piva ou de Francisco Alvim?

Comemoremos então? Como? Indicando livros, presenteando com eles, especialmente as crianças e os adolescentes, com livros que dialoguem diretamente com eles.

Haroldo Wittitz: Author, Editor and Publisher

Day of Brazilian Literature
Although the celebrations – including international – are addressed, with justice, workers, the first day of May also serves to honor the Brazilian literature. Yes, with capital letters.
The date coincides – and it comes – with the birth of José de Alencar, the great romantic novelist. Some say that this young lady has only 176 years since the publication of Poetic Sighs and Regrets, 1836, marks the literature “truly Brazilian,” regardless of the Portuguese dominions. Some argue that a literature that uses a European language can not be considered “independent.” Discussions will always be – and ditto conclusions.
In the margins of any controversy is the reader who sees before him Paulo Coelho, glorified be the great example of Brazilian writer, the highest representative of a literature that proliferated internationally.
This same reader ignores the prose of Campos de Carvalho, Dalton Trevisan, Hilda Hilst, Herberto Salles, Osman Lins, Murilo Rubião, José J. Veiga and Aníbal Machado, exponents of a creation that deserves further attention, study and respect by Intelligentsia. Few, besides the students of Arts, know critic Wilson Martins, Alfredo Bosi and Sergio Buarque.
Apart from the truly devoted Drummond, Castro Alves, Bilac, Augusto dos Anjos, João Cabral, Oswald, Vinicius Ferreira Gullar, Cecilia, Murilo Mendes and Jorge de Lima, what about the poetry or Roberto Piva, Francisco Alvim?
Celebrate it? How? Indicating books, presenting to them, especially children and teenagers with books that dialogue directly with them.

01/05/2012 Posted by | Cultura, Lembranças do Dia | Deixe um comentário